No Brasil, a doação de órgãos depende da decisão da família. Por isso, é importante que, em vida, a pessoa faça os familiares cientes de sua decisão. Para isso, há, atualmente, duas formas: a carteira de identidade e a autorização eletrônica para doação de órgãos.
📈 Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 43 mil pessoas estão na fila de espera por um órgão. A maior parte delas, espera por um rim. São mais de 40 mil pessoas.
➡️ O país é uma referência mundial no transplante de órgãos, mas ainda enfrenta um desafio: conseguir doadores. Por isso, dezenas de pessoas morrem à espera.
Se você quer ser um doador de órgãos, há dois caminhos:
Nova carteira de identidade
Com a nova Carteira de Identidade, é possível se identificar, no verso, como doador órgãos após a morte.
Para isso, a pessoa precisará informar, na hora de fazer o novo documento, que quer a inclusão desse dado. Com isso, é possível que ao consultar a sua identidade, a equipe médica saiba do desejo de doação e apresente à família antes da decisão.
O documento também vai conter o tipo sanguíneo (A, B ou O) e fator RH (positivo ou negativo).
🚨 Atenção: se você já se declarou doador em sua identidade antiga, ela ainda é válida até 2032. Quem não tem essa sinalização no documento antigo e quer ser doador, pode emitir uma nova carteira. (Saiba como fazer)
Autorização eletrônica para doação de órgãos
Desde abril deste ano, quem quer ser doador de órgãos pode manifestar e formalizar a sua vontade por meio de um documento oficial, feito digitalmente, reconhecido em cartório.
➡️ O processo é completamente digital, a partir site www.aedo.org.br . Basta acessar o formulário, preencher e enviar. Depois disso, o documento é enviado a um cartório que vai acionar o doador para confirmar os dados em uma chamada de vídeo. A declaração não tem custo.
Depois da declaração, a Central Nacional de Doadores de Órgãos vai saber, a partir da consulta por CPF, que a pessoa é doadora e, com isso, avisar a família antes da decisão.
📈 Segundo o Conselho Nacional de Justiça, de quem partiu a iniciativa, em um mês, mais de 4 mil pessoas fizeram o registro como doadoras.
Veja, abaixo, alguns detalhes sobre a doação de órgãos e como ela funciona no Brasil:
1) Quem pode doar?
Apenas pessoas que tiveram morte cerebral (encefálica) podem doar órgãos sólidos, explica Gustavo Fernandes Ferreira, da ABTO.