Uma pesquisa recente da CNDL/SPC Brasil revelou que 80% das pessoas inadimplentes sofreram impactos na saúde física ou mental devido às dívidas em atraso. Alterações no sono, no apetite, crises de ansiedade e até o uso aumentado de cigarro e álcool foram apontados como formas de lidar com a angústia. Esses dados, mais do que números, são gritos silenciosos de sofrimento.
Na clínica psicológica, é cada vez mais comum acolher pessoas que não estão apenas preocupadas com boletos, mas adoecidas pelo medo, pela vergonha e pela sensação de fracasso. Na Abordagem Centrada na Pessoa, oferecemos um espaço seguro, livre de julgamentos, onde a dor é escutada com empatia genuína e a pessoa é vista além das suas dívidas.
Ninguém escolhe sofrer. A inadimplência, na maioria das vezes, é consequência de um sistema desigual, perdas imprevistas ou da tentativa de oferecer dignidade à própria família. Quando o sofrimento é acolhido com compreensão e respeito, ele pode, pouco a pouco, se transformar em força. Por isso, o primeiro passo não é resolver o problema financeiro, é reconhecer a própria humanidade dentro dele.
A saúde emocional precisa ser prioridade, especialmente quando a realidade financeira está desafiadora. Validar seus sentimentos, buscar apoio psicológico e conversar com profissionais que ajudem a reorganizar sua vida financeira são atitudes que podem aliviar a sobrecarga e abrir caminhos possíveis.
Você não é sua dívida. Você é uma pessoa com valor, com história, com potencial de recomeço.
Se você ou alguém que você conhece está sendo afetado emocionalmente por dívidas, procure ajuda. Falar é um ato de coragem e também de cuidado.