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Opinião

Quando tudo pesa: o cansaço que não passa pode ser mais que físico

Entendendo o esgotamento emocional e os sinais do corpo que não devem ser ignorados

Quando tudo pesa: o cansaço que não passa pode ser mais que físico
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Você já acordou mais cansado do que foi dormir? Já se sentiu no limite, mesmo sem ter feito nada “pesado”? Esse cansaço que não passa, que corrói por dentro e rouba a vontade de viver, pode ser mais do que físico: pode ser sinal de esgotamento emocional.

Em tempos de excesso de cobranças, crises financeiras, jornadas duplas (ou triplas), sobrecarga mental e pouca escuta, muita gente vai empurrando a vida no automático. Acredita que é só fraqueza ou preguiça, mas na verdade o corpo está gritando por ajuda.

O esgotamento emocional é o acúmulo de estresse ao longo do tempo. Pode se manifestar como insônia, dores musculares, irritabilidade, lapsos de memória, crises de choro ou uma sensação constante de apatia. A pessoa até tenta reagir, mas parece não ter forças. A motivação desaparece e o prazer pelas pequenas coisas também.

Não estamos falando aqui de frescura, falta de Deus ou drama. Estamos falando de saúde mental. E ela também adoece.

Pessoas que vivem sob pressão, seja no trabalho, nos cuidados com a família, nas lutas financeiras ou em relacionamentos desgastantes, estão mais vulneráveis. E o pior: muitas se culpam por se sentir assim. Pensam que estão falhando, quando na verdade estão apenas exaustas.

É fundamental entender: reconhecer esse estado não é sinal de fraqueza, é sinal de humanidade. E buscar ajuda é um ato de coragem. Às vezes, conversar com alguém de confiança já traz alívio. Outras vezes, é preciso procurar um psicólogo ou médico.

Se você sente que tudo tem pesado demais, que o corpo não responde e a alma pede socorro, pare. Respire. Escute-se. Seu valor não está no quanto você produz, aguenta ou entrega aos outros. Você também merece cuidado.

E há saída. Aos poucos, com apoio e acolhimento, é possível recuperar o ânimo e reencontrar o sentido da vida. Porque viver não precisa ser só sobre resistir, pode, e deve ser também sobre sentir, amar e recomeçar.

FONTE/CRÉDITOS: Alex José Pereira Psicólogo Clínico e do Trabalho – CRP/SP 06/177766