A indústria de máquinas e equipamentos no Brasil pode ser obrigada a fechar até 16 mil postos de trabalho com o tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo o presidente da Abimaq, José Veloso Dias, o número pode chegar a 64 mil empregos, considerando toda a cadeia produtiva do setor.
“Esse número de 16 mil é o limite do prejuízo caso zerem as importações entre Brasil e Estados Unidos. A nossa avaliação é que se esse tarifaço persistir por muito tempo, digo seis meses, oito meses, um ano, e as empresas não conseguirem exportar, é o tempo que demora para um cliente de alta tecnologia desenvolver um novo fornecedor”, declarou José Veloso Dias.
“A hora que ele desenvolver um novo fornecedor e a gente perder o mercado, é muito difícil retomar. Então, eu diria que, no limite, nós teríamos 16 mil empregos diretos no nosso setor perdidos e quatro vezes esse número nas nossas cadeias de agregação de valores, ou seja, fornecedores, transportes, etc”, acrescentou.
Em entrevista ao Jornal Gente, na Rádio Bandeirantes e BandNews TV, José Veloso Dias Cardoso destacou a urgência do assunto. O presidente da Abimaq destacou a necessidade da negociação, mas alegou que o setor não consegue arcar com o custo de lobbies nos Estados Unidos.
José Veloso Dias Cardoso destacou na entrevista que os produtores já têm despesas elevadas para cumprir as exigências feitas pelos importadores. O setor de máquinas e equipamentos tem tido prejuízo e atrasado o embarque dos produtos na expectativa de uma suspensão da tarifa de importação americana.
Segundo o presidente da Abimaq, José Cardoso, apenas um produtor tem mais de 135 milhões de reais em vendas adiadas até 2026.
