Hoje, 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher.
A data marca a luta das mulheres por igualdade algo que ainda merece muita atenção no nosso país, uma nação que nem sempre trata bem as mulheres.
No mercado de trabalho, por exemplo, ainda há muita diferença para tirar.
Levantamento realizado pelo Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, como base em dados da Pnad Contínua, do IBGE, mostra que, apesar dos avanços registrados nos últimos anos, com mais mulheres no mercado de trabalho e em cargos de liderança, a diferença salarial em razão apenas do gênero ainda existe.
De modo geral, o documento revela que rendimento médio mensal das mulheres no mercado de trabalho brasileiro é 21% menor do que o dos homens.
O salário médio estimado para eles é de R$ 3.305 e, para elas, de R$ 2.909.
Segundo o Dieese, mesmo nos setores de atividades em que as mulheres são maioria, elas recebem menos.
Quer um exemplo? As mulheres ocupam 9 de cada 10 vagas de serviços domésticos. Ainda assim, os homens que ocupam vagas nesse setor ganham, em média, salários 20% maiores que o das mulheres.
Em áreas como educação, saúde e serviços sociais o cenário não é muito diferente: mulheres são 75 em cada 100 profissionais em atividade, mas têm rendimentos médios 32% menores do que os colegas do gênero masculino.
Vale destacar que as mulheres hoje são maioria da população brasileira e também chefiam a maioria dos domicílios no país: dos 75 milhões de lares, 50,8%, o que equivalia a 38,1 milhões de famílias no terceiro trimestre de 2022, período referente aos dados usados na pesquisa, tinham liderança feminina. Já as famílias com chefia masculina somavam 36,9 mil domicílios – ou 49,2% do total.
Mas, no nosso país, as mulheres também são vítimas de uma sociedade machista e misógina e, por isso, sofrem constantes ataques de violência.
Conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher foi assassinada a cada 6 horas apenas no primeiro semestre de 2022. No total desse período, 699 mulheres foram mortas em situações de violência doméstica ou devido a questões que envolvem desdém ou discriminação à condição de mulher, o chamado crime de feminicídio.